Depois de dois anos em um curso que nunca havia cogitado, mas que me surpreendeu positivamente, Economia, finalmente tomei coragem para fazer algo que seja mais relacionados com minhas habilidades, Jornalismo. Não que eu não goste de Economia, é um curso realmente maravilhoso. Saber como funciona o sistema que nos rege e quando algum político quer manipular as informações a favor dele é algo que te abre os olhos e te faz questionar. Entender como os humanos começaram suas relações econômicas se como elas se estabelecem hoje é de certa valia.

Mas essa simplesmente não sou eu. Eu amo escrever, contar histórias, entreter as pessoas com palavras, tenho esse desejo de participar no processo da produção. Não sou uma pessoa que faz consultoria, mexe com números e nem minhas escolhas tendem a como o mercado está. Pelo menos ainda sou de humanas e sociais. Economia é humanas e sociais? Sim, ela é. Por mais que tenha números e mais números, todos eles dependem de como a sociedade se comporta, economia é a ciência que estuda produção, distribuição e consumo de bens e serviços, todos eles tem números, mas tem gostos da população também.

Ainda não sei muito o que é ser jornalista, mas sei que é muito mais do que aparecer na televisão e escrever em portais de notícias. Quero aprender o que há por trás disso, quero conhecer o âmago da profissão. Quero me encontrar. A maior parte das pessoas disseram que perdi dois anos, erradas estão elas. Quase nunca perdemos tempo. Toda a situação que passamos, boa ou ruim, nos faz aprender algo, no final sempre somos acrescentados. Cada situação que passamos se torna parte de nós, se torna nossa história. Não perdi dois anos em economia, aprendi inúmeras coisas lá que muitos do que me disseram que eu havia perdido não sabem nem metade.

Não estou com grandes expectativas, mas não por minha escolha, já é do meu ser não ter grandes expectativas a respeito de qualquer assunto, mas estou de mente e braços abertos para essa nova fase em minha vida. Estou ansiosa para ver o que me aguarda, não imagino como será, mas aposto que minha ansiedade está tão grande como a dos meus colegas de sala. Olhando para eles lembro da primeira vez que fui caloura, essa "inocência" faz um pouco de falta, esse querer que tudo seja maravilhoso, que tudo seja perfeito. Algumas vezes tenho vontade de falar que eles que irão encontrar mais desafios do que rosas perfumadas durante a jornada até o diploma, mas penso e percebo que sonhar grande é uma das melhores partes de começar um curso. Essa é uma das melhores fases da vida. Por mais que sofremos nos finais de semestres, encaremos professores que não batem muito com nosso jeito de ser e temos que ser colegas de pessoas com pensamentos totalmente contrários aos nossos, tudo isso vale a pena, as experiências que obtemos, o conhecimento que adquirimos, as pessoas que conhecemos, tudo, tudo nos faz crescer.

Espero que finalmente tenha feito a escolha certa, em uma vida onde eu sempre opto pelo que irá fazer todos em minha volta ficarem satisfeitos, aprendi que nem sempre isso me deixa satisfeita. Minha meta para esse ano e para todos os que virão a seguir é essa: sempre escolher o que me fará feliz.