Nós vamos acompanhar esse relacionamento no ponto de vista de ambos, Dana e Peter. Peter é o típico cara bem-sucedido perto da casa dos 30 anos, leva a vida tranquilamente, é do tipo engraçadão e é pressionado pelo irmão a ir no encontro promovido pela cunhada. Já Dana, chegou recentemente a New York, ela veio de Atlanta, decidiu que iria começar a carreira que sempre sonhou, aceitando o cargo de editora júnior. Percebemos que Dana é dona de merecimento de muito mais foco na história do que Peter, enquanto ele leva uma vida comum, ela é do tipo... azarada.

Coincidentemente, ela chegou em seu novo emprego na mesma hora em que todos estavam se despedindo do cara que ocupava o cargo dela. Isso já começou com mal-estar. Sendo ignorada e vítima de brincadeira um tanto maldosa por parte de seus novos colegas de trabalho (a justificava era que eles achavam que Dana queria tomar o lugar de todos ali), ela no mesmo dia iria ter o tal encontro às cegas. Ela é um tanto insegura e um prato cheio para quem costuma sentir vergonha alheia. O encontro dos dois não dá muito certo, já que Peter começa a fazer graça com a lista de lugares que Dana queria visitar. Uma mulher insegura, desastrada e com um péssimo dia do trabalho certamente não se sentiria bem, e Dana não se sentiu, para piorar, ela começou a chorar. Até aí tudo bem. Se o choro dela não fosse acompanhado por soluços.

"Peter, Dana é parte da minha vida. Você é parte da minha vida. E diferentes partes da minha vida não estão em harmonia, isso torna as coisas difíceis para mim. Agora, eu gosto da minha vida complicada e bagunçada ou linda e divertida?"

Linda e divertida. Definitivamente.

Após esse apelo que não obrigava (mentira, obrigava sim) Peter a tentar fazer as coisas do jeito certo, ele foi pedir desculpas para Dana. Mas, como eu disse mais acima, ao mesmo tempo que ele pedia desculpas por seu comportamento no encontro, mostrava que, dentro de si, ele não achava que deveria pedir desculpas, pois não percebia que havia feito algo de errado. Sem querer, Dana escuta ele falando isso para a cunhada (não gravei o nome dos secundários, mas um dia eu consigo), que é a amiga de faculdade dela, e desiste dele. Mas aí, aparece um ser angelical, ou para Peter, uma bruxa, que mostra através da lista de lugares para ir (que havia ficado com ele), como a pessoa que escreveu aquilo poderia ser interessante. Peter percebe isso e vai atrás de Dana. Esse ser angelical é a irmã dele.

Em uma tacada só ele realizou dois desejos dela que estavam na lista: passear em um pedicab e conhecer a estátua da liberdade. Além de ganhar um troféu escrito "Offical New Yorker" - ele trabalha com isso. O episódio termina mostrando que eles, ou melhor, Dana, está solteira. Não, está em um relacionamento. Não, não, está enrolada. Peraí, ela está solteira. Melhor, seu status da rede social não está disponível para outros verem.

Aposto que Dana ainda vai proporcionar muitas outras cenas de vergonha alheia e que isso é que nos vai cativar e também cativar Peter. Quem foi que disse que encontro às cegas sempre é uma má ideia?