Se Rafael tivesse visto

17.5.15


Rafael recebeu uma caixa antiga da vizinha. Ela estava de mudança e não sabia o que fazer com o objeto, dizia ser de seu passado, mas que não queria mais carregar consigo, havia memórias que ela não queria mais lembrar. O garoto então aceitou ficar com a caixa.

Morria de curiosidade, mas ela disse que não valia a pena abrir, que seria melhor ele usar como apoio. Rafael acreditou na vizinha, não iria abrir aquela caixa de jeito algum. Ele agradeceu e se despediu da mulher. Subindo a rua, no caminho de casa, o rapaz encontrou com Augusto, um homem barbudo que morava ali perto, ele se aproximou e perguntou o que tinha na caixa, Rafael deu de ombros e disse que não sabia, "E você não tem curiosidade?" o homem perguntou.

É claro que o garoto teve curiosidade quando recebeu a caixa, mas se a antiga dona disse que não valia a pena, então ele acreditou, não queria mais saber o que tinha dentro. Rafael se despediu de Augusto e continuou seu caminho para casa, Antônia, a menina que vivia visitando a avó que morava em uma casa daquela rua, também perguntou o que o menino carregava na caixa, Rafael deu de ombros e respondeu que quem lhe dera disse para que não abrisse. Antônia sorriu e disse para que se foi dito que não abrisse, então ele estava certo em não abrir. Durante o caminho até sua casa, Rafael foi parado por mais pessoas perguntando sobre a caixa, algumas lhe apoiavam, outras diziam para que ele abrisse logo, mas o garoto se manteve firme na decisão de não abrir.

Perto de casa, ele se distraiu com uma pipa no céu, não viu uma pedra na calçada e tropeçou. Em dois segundos a caixa se espatifou no chão. Dentro dela havia um vaso muito antigo, ele achou bonito, apesar de saber que não o usaria. Talvez se ele estivesse espiado o que tinha dentro, seu cuidado teria sido maior. Poderia ter colocado na sala de estar aquele vaso. Mamãe teria gostado, pensou.

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