Por um bom tempo relutei em me aceitar como escritora. Para mim, eu era apenas alguém que gostava de escrever e que rabiscava histórias em folhas que sobravam nos cadernos, pensava que escritores eram apenas aquelas pessoas que tinham seus livros publicados, escreviam em colunas de jornais e eram conhecidas. Hoje minha visão sobre o que é ser realmente ser um, mudou.

É difícil pensar em uma definição para escritor sem querer poetizar. Escritores são uma das coisas mais mágicas que o mundo pode oferecer. Não precisa ser reconhecido, basta sentir essa necessidade de querer que alguém, mesmo que um pequeno grupo de amigos, conheça o que se passa em sua cabeça, as histórias, que para outros são invenções de alguém criativo, mas que, para você, podem sim terem acontecido em uma realidade diferente. Ser escritor é saber que existem universos paralelos e que você é livre para moldá-los à sua maneira.

Mesmo que não seja um, você sabe que está cercado de escritores. Há os poetas de banheiro, aqueles que deixam versos rabiscados; aqueles que tem uma lista enorme de fanfics terminadas (ou que um dia pretende terminá-las, visto que ideias diferentes surgem a cada dia); os do meio acadêmico e os da área técnica; os blogueiros, que encontraram na internet um lugar para mostrar sua voz; também os reconhecidos nacionalmente e internacionalmente, que tem uma legião de fãs e que fazem o possível para não decepcioná-los. Por fim, há uma categoria em especial que quero muito parabenizar: a dos independentes. Os escritores que por si só produzem e publicam seus livros, que correm atrás de publicidade e que conquistam os fãs não por meio de editoras que facilitam seu acesso a novos leitores (não se sintam ofendidos, não é de minha intenção), mas pela garra de quererem ser reconhecidos em um espaço tão disputado.

Hoje é um dia para todos nós, profissionais ou amadores, então que o aproveitemos da melhor maneira possível: escrevendo histórias, fazendo poemas e criando algum novo mundo.