Resenha: A Pistoleira

26.6.15

Título: A Pistoleira
Saga: Naville Wood
Autor: Jorge Castro
Ano: 2015
Páginas: 186

Não encontrei nada menos do que esperava encontrar em A Pistoleira. Pelo menos na leitura de primeiras impressões. Conheço o Jorge Castro há um bom tempo e por isso minha expectativa estava alta no quesito escrita e coesão. Meu descontentamento vai pelas poucas páginas do livro que ele disponibilizou para que eu lesse (80 de 186, poxa), mesmo sabendo que foram apenas os oito primeiro capítulos, eu queria saber mais, ver mais do time em ação, o que rolou foi somente uma apresentação dos personagens e o início do problema que vão enfrentar mais para frente.

Sobre a construção dos personagens, achei muito boa a maneira em que todos foram introduzidos, deu para ver suas características e conhecer a personalidades, personalidades essas muito distintas e que o autor conseguiu interpretar cada uma delas de maneira em que algumas vezes me dava a impressão de que tinha algum co-autor escrevendo aquelas falas. Não tirando mérito do Jorge, mas sim acrescentando, pois não é raro lermos algum livro em que, apesar de saber que os personagens estão interagindo tem personalidades diferentes, eles tem um q em comum, que seria a maneira em que o autor escreve, acaba fazendo com que se tornem 'familiaries', não encontrei isso em A Pistoleira, para mim, era como um relato de conversas verídicas (hmmm, pode ser, visto que, no início, o livro avisa que isso aconteceu mesmo).

Os capítulos dos livros são narrados, intercaladamente, pelos três personagens de destaque, isso foi uma boa ideia, dado que, assim, podemos conhecer a história através de diferentes personagens, além de Violet (a protagonista), tudo na forma de primeira pessoa. Não ficou bagunçado e nem confuso, foi tudo organizado e tranquilo, quer dizer, tranquilo só a maneira em que o livro foi feito, não os acontecimentos, eles, meus caros, de tranquilo não tiveram nada!

O livro é mais do que aparenta ser na sinopse, há elementos importantes que o autor deixou de fora dela, não deixou nem mesmo subentendido, o que me pegou de surpresa durante a leitura, para mim causou certo desconforto pois é algo que descartei dos gêneros que leio, mas que certamente para outros, vai ser uma grata surpresa. Não vou falar o que aconteceu, quero despertar em vocês a curiosidade :-)

As narrativas de ação são maravilhosas, sempre quando aparecia uma situação de perigo, eu já ficava tensa, conhecendo o autor, o medo de qualquer personagem morrer ali existia. Mas nada se compara com o cliffhanger escolhido para que, pelo menos eu, tenhamos ansiedade para o resto da história, Jorge Castro acertou em cheio! Mais um livro muito bom para a carreira dele e para minha estante, A Pistoleira consegue agradar, prender e nos deixar absorvidos na história. Se quiser saber mais, aqui está a página da saga no facebook e aqui o cantinho do livro no skoob.

Ah, antes de finalizar, quero dizer algo importantíssimo: o grande destaque, para mim, do livro, não é a mulher com passado sombrio que passa a ser uma vigilante com codinome Pistoleira, não é uma grande organização secreta super avançada tecnologicamente, não é a quantidade de charme que Daniel pensa exalar ou o cérebro incrível de Hyun-Jae, mas sim que é um livro que tem tudo isso e que se passa em Niterói, sim, no Brasil! Obrigada Jorge Castro por, explícitamente, dar esse importante espaço para nosso país :-D

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2 comentários

  1. Meu, você é fera fazendo resenha.
    Adorei. <3 Sério. Parabéns!


    Beijos.

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    Respostas
    1. Muuuito obrigada, Marcelo. Isso me anima, visto que é a minha segunda haha
      Bjs! :-)

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